As crianças normalmente batem muito a cabeça. Isso ocorre porque a criança ainda está com seu equilíbrio em desenvolvimento e a cabeça é proporcionalmente maior que outras partes do corpo quando comparamos com os adultos.
Na verdade, as quedas fazem parte do desenvolvimento da criança pois gera amadurecimento do equilíbrio e defesa da criança criando uma melhor adaptação do seu corpo ao espaço que esta ao seu redor.
O traumatismo craniano
Uma queda seguida de uma “batida” na cabeça pode ser chamada de traumatismo craniano ou traumatismo craniencefálico. A maior parte das vezes esse traumatismo gera alterações locais com edema e vermelhidão local ou escoriação. Pode-se gerar um “galo” que chamamos de hematoma subgaleal.
O mais importante é a observação nos momentos imediatos ao traumatismo.
Sinais de alerta
São exemplos de sinais de alerta o comportamento alterado, sonolência, vômitos, desvios do olhar, convulsões, perda de consciência, amnesia ou mesmo se a criança está bem e o traumatismo foi de grande intensidade.
Nesses casos a criança deve ser encaminhada imediatamente ao ambiente hospitalar para realização de uma tomografia de crânio.
A tomografia é o exame de escolha nesses casos e a partir da avaliação do exame o pediatra ou o neurocirurgião podem tomar as condutas mais adequadas. A maioria dos casos, mesmo quando há fraturas lineares do crânio e a criança não teve alterações neurológicas ou qualquer tipo de piora são de evolução benigna e não necessitam de cirurgia, por vezes observação clínica e orientação pela equipe médica.
Os traumatismos mais graves, em que a tomografia evidencia afundamentos da tabua óssea do crânio e hemorragias internas, devem ser avaliadas obrigatoriamente pelo neurocirurgião.