Os cistos cerebrais são achados comuns em crianças. Em geral, classificamos como cistos congênitos ou adquiridos. Os cistos congênitos podem, por vezes, serem diagnosticados no período pré-natal. Os cistos adquiridos aparecem ao longo da vida da criança.
Como é feito o diagnóstico
O diagnóstico dos cistos pode ser feito pelo quadro clínico, quando há compressão das estruturas cerebrais levando a um quadro neurológico específico ou a sintomas de hipertensão intracraniana (abaulamento de fontanela, cefaleia, vômitos), ou pode ser apenas um achado incidental.
O cisto mais comum encontrado no compartimento cerebral (chamamos supratentorial) é o cisto de aracnoide. No compartimento da região posterior ou fossa posterior (chamamos infratentorial) são o cisto de aracnoide, o cisto de Blake ou o cisto de Dandy Walker.
O tratamento de cistos
Os cistos são, em sua maioria, benignos e de tratamento conservador. No entanto, alguns devem ser tratados, seja pelo comprometimento cerebral que podem causar, seja pelo crescimento e deslocamento das estruturas cerebrais.
Eu sempre digo que os pais não devem se “desesperar” ao saber que seu filho tem um cisto no cérebro, mas, ao mesmo tempo, não devem se acomodar. Alguns tumores cerebrais podem ter componentes císticos no seu interior e, por esse motivo, devem ser excluídos durante a investigação diagnóstica.
A investigação e diagnóstico diferencial são primordiais para o tratamento adequado do cisto.