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QUANDO A DEFORMIDADE CRANIANA É PREOCUPANTE?

Como é o crânio ao nascer

 

O crânio do bebê ao nascer não é um osso único, mas vários ossos unidos pelas suturas cranianas. Isso não é por acaso: a existência de vários ossos permite certa maleabilidade craniana, possibilitando a passagem da cabeça pelo canal de parto.

 

Por que pode ocorrer deformidade craniana

 

Recebo muitos bebês encaminhados pelos pediatras por apresentarem algum tipo de deformidade craniana – o que ocorre em cerca de 25% dos nascimentos.

 

Isso pode ocorrer por simples plagiocefalia posicional, principalmente relacionada à posição viciosa do bebê no berço. Apesar da forma alterada, todas as suturas cranianas estão abertas, permitindo o livre crescimento do cérebro. Esse quadro exige apenas medidas posicionais, fisioterapia especializada ou, se necessário, uso de órteses (capacetes), que vão ajudar no remodelamento craniano.

 

No entanto, há casos em que uma ou mais suturas cranianas se fecham precocemente ao longo do crescimento da criança – o que chamamoscranioestenose. Como o cérebro continua a crescer e a expandir o crânio, este cresce de maneira assimétrica, podendo haver comprometimento cognitivo e de desenvolvimento da criança. Na maioria das vezes, exige tratamento cirúrgico.

 

Como fazer o diagnóstico diferencial

 

O neurocirurgião pediátrico pode fazer o diagnóstico diferencial através da avaliação clínica do aspecto craniano e de medidas com paquímetro ou cefalímetro. Na maioria das vezes, não são necessários exames como tomografia de crânio, que exige sedação e gera radiação para a criança - e podem ser evitados -, e nem mesmo ressonância magnética.

 

O diagnóstico e o tratamento devem ser realizados o quanto antes, para que sejam evitadas deformidades permanentes ou lesões cerebrais associadas.

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